domingo, 27 de setembro de 2009

hoje escrevo só para ti

esta noite escrevo só para ti..
cada palavra saí de onde saem as lágrimas, de onde as emoções são pautadas ora por ritmos avassaladores, ora por ritmos pausados; cada palavra sai, por isso, para ti e só para ti..
tentei estes dias todos esquecer-te. não minto, não a mim, jamais a ti.
tentei esquecer-te porque de tão bom que é sentir-te, de alguma forma acaba por doer...
no entanto, encontro sempre e só, razões para não deixar de pensar em ti.
tentei enumerá-las, em vão... poderia passar mais 25 dias a tentar fazê-lo, não consigo chegar a um fim.

comecei por escrever num caderno onde me guardo:


Razões para nunca mais me esquecer que um dia te conheci



então desde esse momento não parei. há uma vontade de gritá-las ao mundo, de uma forma que o ponha a girar ao contrário, de uma forma que o tempo deixe de fazer sentido, de uma forma que tudo pare, que o barulho que tu ouves passe a ser um silêncio que te traz uma calma que nunca antes sentiste, que faça com que feches os olhos e te vejas, te sintas, que viajas pelos mundos mais emocionantes, mais aventurosos, mais deslumbrantes e apaixonantes que é o teu interior...

vi-te pela primeira vez, sorriste.. jamais, um dia essa imagem sairá da minha cabeça. sinto cada emoção desse momento como se a estivesse a viver agora, de olhos fechados. em segundos li nos teus olhos as mais belas histórias de amor e aventura, os mais belos poemas de fazer sonhar..
o meu coração começou a bater descontrolado. sem saber o que fazer, disfarçava e tentava perceber o que estava a acontecer. impossível! dava comigo a procurar o teu olhar. sentimentos de perigo e calma atolavam-me de uma forma bestial com uma brutalidade que nunca antes sentira. então, ficava parado a olhar para ti.. à minha volta tudo perdia o sentido, os teus lábios arrepiavam-me...

cheguei a casa. subi até ao meu quarto e deitei-me na cama a olhar para o tecto. tentava racionalizar todo aquele furacão de emoções. não entendia, não fazia sentido... fechei os olhos.
olhei-te durante toda a noite, escutei cada palavra tua vezes sem conta, vivi e revivi aquele momento...

durante os dias que não te vi... a tua imagem continuava nítida na minha cabeça, e sabia tão bem recordá-la...

voltei a ver-te. as pernas tremiam, o coração batia ainda mais forte, a respiração timidamente ofegante, pensei para mim mesmo "é o meu fim"
falámos durante horas, o tempo perdeu-se no tempo e então ele deixou de existir para nós. abria o caderno onde sempre me guardei só para mim, e tu bebias as minhas palavras.. as tuas, ficaram gravadas na minha memória a fogo. embora tímidas, embora escassas, profundas, penetrantes onde muitas vezes dispensavam-se com o teu olhar...

cada vez que me tocaste, fiquei sem respirar.. o meu coração apertou.. senti-me tão frágil, tão vulnerável, conheci-me como nunca.. as tuas mãos nas minhas, o teu corpo no meu..
recordo para poder vive-lo para sempre..

e hoje escrevo só para ti.
coloco estas palavras numa garrafa e confio-as ao mar.
sopro estas palavras ao vento e confio nele;
para que fiquem eternizadas pelo tempo e cheguem até ti...



não me deixes ir assim.. prende-me! diz-me que queres que eu te escreva uma carta todos os dias, diz-me ao ouvido que chegou o meu fim e aconteceu o nosso início...



domingo, 20 de setembro de 2009

desde o dia 3 de Setembro de 2009

não paro de pensar em ti..

um dia beijo-te a meio de uma frase